Forca Aérea Norte Americana explica o cancelamento do C-27J Spartan
O responsável pelos programas e planos estratégicos da USAF explicou durante um seminário da Associação da Força Aérea os motivos pelo qual o programa do C-27J foi cortado do orçamento fiscal de 2013.
“Não está em causa a qualidade da aeronave, ou se o programa que já gastou US$ 487 bilhões foi uma má decisão”, afirmou o Tenente-General Christopher Miller. “Vamos utilizar o nosso dinheiro de uma maneira mais disciplinada.”
De uma perspectiva financeira e sustentada, um programa de um equipamento militar, o seu apoio logístico e as suas infraestruturas de formação, podem ser eliminadas a qualquer altura sem por em risco a capacidade operacional da força, e os benefícios vão ser imensos, afirma Miller.
“O que se vai se poupar em terminar por completo o programa é bastante superior do que se retirar somente algumas aeronaves da frota,” afirma.
A atual pressão financeira a que a Forca Aérea está sujeita e os custos do ciclo de vida do C-27J, que excederam os do C-130 Hercules, levaram a que a decisão mais realista fosse tomada, especialmente quando a Forca Aérea pode atingir os seus objetivos com o C-130. “Continuamos empenhados em apoiar os militares norte americano,” destaca Christopher Miller.
“Terminar com o programa do C-27 foi uma decisão que não nos agradou. O seu desempenho comparado com o resto da nossa frota, simplesmente não era necessário de acordo com as exigências da nossa nova estratégia. Esta decisão permite-nos focalizar noutros programas mais importantes em curso.”
Miller esclarece que os recursos que serão poupados pela Forca Aérea com o fim deste programa, permitirá uma maior flexibilidade noutros sistemas como o reabastecedor KC-46A ou o F-35 Lightning II Joint Strike Fighter, bem como noutros programas de menor visibilidade, como o programa espacial, os satélites de posicionamento global ou alguns sistemas ISTAR.
“Queremos tomar decisões a curto prazo que nos permitam suportar a nossa visão estratégica a longo prazo,” afirma Miller. “Iniciamos a retirada das nossas tropas do Afeganistão, e já saímos do Iraque, e estamos enfrentando uma nova época de recursos financeiros.”
Miller deixou claro que a Forca Aérea Americana esta fazendo um rebalanceamento geral de toda a estrutura da organização.
“Estamos tentando fazer com que todas as coisas que temos feito durante muito tempo, possam ser feitas no futuro de uma maneira mais sustentável,” afirma o General. “Actualmente o espaço e o ambiente cibernético são cada vez mais preponderantes nas operações militares.”
“A Forca Aérea está cada vez mais empenhada em que a sua estrutura ativa, a Guarda Aérea Nacional e a Reserva estejam apropriadamente balanceadas para que se possa garantir que os nossos militares e equipamentos estejam totalmente prontos e preparados a qualquer momento, afirma Miller.
“Manter uma pequena força minimamente preparada é uma má ideia,” acrescenta o General.
Fonte: Cavok
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