Sierra Nevada entra com ação contra decisão da Força Aérea dos EUA
A contratante privada de defesa dos EUA Sierra Nevada Corp disse nessa terça-feira que entrou com uma ação no tribunal federal contra a Força Aérea dos EUA para ganhar de volta o contrato de US$ 355 milhões para fornecer 20 aviões para o Afeganistão, que foi abruptamente cancelado em fevereiro.
A Sierra Nevada, usando um avião construído pela fabricante brasileira Embraer, eliminou a Hawker Beechcraft ao ganhar o contrato no ano passado, mas a Força Aérea cancelou o acordo e lançou uma nova competição depois de descobrir que a sua própria documentação para definição do contrato estava insuficiente.
Taco Gilbert, um oficial da Força Aérea e vice-presidente da Sierra Nevada, disse que sua companhia tinha apresentado um processo no Tribunal de Ações Federais dos EUA para começar a reintegração do negócio porque viu que a ação corretiva da Força Aérea foi “excessiva”.
Gilbert disse que sua empresa, juntamente com a Embraer, não estava buscando uma liminar contra a nova competição, dada a necessidade urgente de entregar os novos aviões para o Afeganistão. Ele disse que a equipe iria continuar a participar nesse processo, apesar de suas preocupações sobre como a nova competição foi estruturada.
A Força Aérea no mês passado lançou as regras finais reformuladas para a competição, visando a definição do contrato no início de 2013. Os concorrentes devem apresentar os dados de custo e técnicos para as novas ofertas até o dia 18 de junho.
“Nós vemos a ação corretiva como excessiva”, disse Gilbert, acrescentando que sua empresa não tinha recebido qualquer informação da Força Aérea para explicar a sua abordagem para a nova concorrência.
A Embraer e a Sierra Nevada disseram que estão decepcionadas que a competição não será reiniciado incluindo os voos de testes comparativos entres as aeronaves ou considerando os resultados de um voo anterior realizado entre os dois aviões.
“A fim de manter uma concorrência justa e aberta, pensamos que é importante darmos esse passo”, disse Gilbert.
Ele disse que tinha voado para Ohio para ser informado por oficiais da Força Aérea, ficou esperando oito horas para uma reunião, que somente foi para informar que o concurso estava cancelado. Gilbert disse que a empresa havia “tentado tudo o que podia” para entender melhor a nova abordagem da Força Aérea.
Ele disse que a empresa nunca havia protestado ou abrerto um processo contra qualquer outra ação contratual do Pentágono durante seus três anos como empresa. “Isso não foi uma decisão fácil”, disse ele. “Nós não temos a prática de processar nossos clientes.”
A Hawker também expressou preocupações sobre os requisitos da Força Aérea para a nova competição.
A Força Aérea dos EUA está lidando com a compra para a compra de aviões de ataque leve, que serão fornecidos à Força Aérea do Afeganistão.
O caso está sendo acompanhado de perto no Brasil, onde as autoridades ainda possuem na lembrança o cancelamento de um contrato anterior com a Lockheed Martin Corp para um avião de reconhecimento baseado no jato regional ERJ-145 da Embraer.
Fonte: Reuters
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